As tonturas estão entre as queixas mais comuns nos idosos. É um sintoma que está presente até 85% da população idosa. Posto isto, tratar corretamente este problema torna-se uma medida urgente. A tontura provoca um maior risco de quedas, fator de alto risco relacionado com os números da mortalidade nesta faixa etária.
O que é a tontura?
Costumamos utilizar o termo tontura para designar sensações de: desequilíbrio, cabeça vazia, flutuação, movimentação subjetiva do ambiente ou do próprio corpo, alterações de marcha, sensação de desmaio, etc.
Contudo, cientificamente o termo tontura é um sinal primário de um distúrbio vestibular, mas também pode estar associado a problemas cardiovasculares, neurológicos, metabólicos, oncológicos, psicológicos e até mesmo devido a tratamentos farmacológicos.
O que causa tonturas nos idosos?
As causas de tontura na população idosa são várias e multifatoriais e, desta formal, envolvem muitos sistemas do próprio organismo. Doenças psiquiátricas (como ansiedade e depressão); cardiovasculares (como arritmias, enxaquecas, infarto); e neurológicas (como Doença de Parkinson e esclerose múltipla) devem ser consideradas.
Também podem estar incluídas nas alterações metabólicas como o diabetes, problemas musculares, alterações de visão e até uso excessivo de medicamentos, como diuréticos e betabloqueadores.
Falando especificamente de doenças do sistema vestibular, as tonturas nos idosos podem vir de alteração de posição do corpo ou da cabeça, Doença de Menière e até neurite vestibular (ouvido).
Assim, procurar um otorrinolaringologista pode fazer toda a diferença para que a causa do problema seja identificada com precisão.
Tratamento:
O tratamento para esta condição nos idosos é bastante complicado devido às inúmeras possibilidades de diagnóstico já referidas, por isso, desta forma, deve ser feito um estudo atento para descobrir as verdadeiras causas desta condição. Entre este procedimento e orientações gerais, importa destacar:
– Tratar a doença de base;
– Toma de medicamentos para controle dos sintomas vestibulares;
– Consultas periódicas com médico geriatra (de preferência) para evitar excesso de medicação;
– Ter comportamentos defensivos, como por exemplo, ter muito cuidado a levantar-se da cama ou da cadeira;
– Nos casos de défice de visão, ver indicação de lentes ou óculos;
– Adaptação da casa para evitar as quedas (retirar tapetes ou outras situações que promovam risco de quedas).
É importante realçar que os idosos com tonturas, após o diagnóstico definido, são beneficiados de um programa de exercícios individualizados, realizados num ambiente seguro e acompanhado por um fisioterapeuta (preferencialmente).
Os objetivos da reabilitação serão o fortalecimento muscular, melhora do equilíbrio, recuperação das funções perdidas e treino das atividades do dia a dia, dando assim mais qualidade de vida ao idoso com tonturas.