A automedicação é uma prática comum na população idosa, e muitas vezes é realizada sem a prescrição de um profissional de saúde qualificado. No entanto, isso pode levar a potenciais riscos de interações com os medicamentos prescritos, reações adversas e intoxicações. Os idosos são mais vulneráveis aos perigos da automedicação, pois geralmente apresentam comorbilidades e tomam diversos tipos de medicamentos.
A dependência de medicamentos pode ser um dos riscos da automedicação. Sem a prescrição de um médico com a posologia e tempo correto de toma, muitas das automedicações podem tornar-se em dependência do idoso, trazendo problemas de saúde. Os analgésicos são os mais utilizados pelos idosos e a dor é o sintoma mais referenciado no que concerne à automedicação.
Para alem do que já referimos, a automedicação pode causar novos problemas de saúde. Os medicamentos podem diminuir o efeito de outros medicamentos ou causar interações indesejadas que podem colocar o idoso em risco. Alguns medicamentos também podem reduzir a absorção de substâncias importantes, como ferro e cálcio, essenciais na terceira idade, e causar anemia e osteoporose.
Além disso, a automedicação e a combinação de diversos remédios pode ocasionar problemas nos rins e nos pulmões, que ficam sobrecarregados quando há desarmonias causadas pelo excesso de medicação.
Por fim, a automedicação pode mascarar sintomas de doenças graves. Em vez de atacar a causa do problema, o medicamento apenas alivia o sintoma, o que pode prejudicar o diagnóstico e o tratamento adequado.
É fundamental que os idosos tenham o acompanhamento próximo de um profissional de saúde especializado para manter sua toma de medicamentos segura e não correr perigo de abusar na ingestão de comprimidos que possam causar reações adversas. A atenção farmacêutica deve ser considerada uma das prioridades no atendimento aos idosos, com o intuito de garantir o acesso adequado aos medicamentos e o uso racional e correto desses.
Os medicamentos só devem ser utilizados em episódios críticos, que devem ser sempre relatados ao médico que acompanha o estado de saúde do idoso. Isto porque o profissional deve estar sempre atento para a ocorrência de novas doenças que podem acometer os idosos, assim como receitar tratamentos não farmacológicos diversos.
