O Síndrome da Fragilidade no idoso é um síndrome geriátrico complexo, que se caracteriza por um estado de maior vulnerabilidade do organismo perante as doenças e também ao estados de stress agudos.
Um idoso frágil, não é simplesmente uma pessoa com uma idade avançada, mas sim, uma pessoa com massa e força muscular reduzida, níveis baixos de energia para as tarefas do quotidiano (ou sensação de exaustão), que apresenta perda involuntária de peso e marcha lentificada.
Este Síndrome da Fragilidade não é uma doença, mas antes uma condição complexa com um fundo genético e neuro-endócrino e que sofre influencias de doenças crónicas e que torna o idoso mais vulnerável às complicações agudas, e com uma maior dificuldade ou até impossibilidade na sua recuperação.
O diagnostico do Síndrome de Fragilidade deve ser individualizado, respeitando os limites de cada indivíduo. Envolve o controlo de doenças crónicas, a prevenção de complicações agudas, a suplementação nutricional e exercícios físicos supervisionados por um profissional credenciado. Envolvem exercícios de resistência, equilíbrio, coordenação motora e cognição, realizados de 3 a 5 vezes por semana e com uma duração de cerca de 45 minutos, podem trazer ótimos benefícios.
Além disso, e não menos importante, deve ser feita uma avaliação criteriosa da terapêutica em uso, com suspensão das que não são essenciais, ou mesmo a decisão de não proceder a um exame invasivo e limitar tratamentos não benéficos (sempre com decisão e supervisão médica) são acções de preservação da saúde do idoso frágil.
Sem qualquer sombra de dúvida, que o médico especialista (geriatra), é o profissional mais capacitado para conduzir o Síndrome de Fragilidade no idoso.
Identificar e conduzir o idoso frágil exige um conhecimento profundo acerca do processo de envelhecimento, individualização e respeito aos limites do ser humano.